O ministro-chefe da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou neste
sábado que o programa Mais Médicos será retomado no governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Segundo ele, haverá prioridade para os médicos
brasileiros.
Inaugurado
em 2013 na gestão Dilma Rousseff, o programa ficou conhecido por contratar
médicos estrangeiros, principalmente cubanos.
A iniciativa sofreu resistências
de Bolsonaro, que decidiu criar um novo programa em 2019, o Médicos pelo
Brasil, para substituir o programa petista. Na prática, isso não aconteceu. Até
então, os dois programas estavam existindo de forma concomitante.
"O Mais Médicos está de
volta! Na próxima segunda ocorre o lançamento do programa, que além de ampliar
o número de profissionais na saúde, vai trabalhar para melhorar o SUS com
investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o
atendimento no Brasil", informou Paulo Pimenta, por meio de rede social.
De acordo com ele, o programa
chegou a ser responsável, durante o governo Dilma, por 100% da atenção primária
em 1.039 municípios ao contratar mais de 18 mil profissionais. O ministro disse
que o programa beneficiou 63 milhões de brasileiros.
"O desmonte do programa, nos
últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS. Com retomada do Mais Médicos
será incluído profissionais especializados em diversas áreas para ampliar o
atendimento à população, com incentivos de permanência nos municípios. Além
disso, terá prioridade para os médicos brasileiros", acrescentou Pimenta.
Ministério da Saúde
A retomada do programa Mais
Médicos foi considerada, em janeiro desse ano, uma
das "prioridades máximas" pela Secretaria de Atenção Primária do
Ministério da Saúde, sob o comando do médico sanitarista Nésio Fernandes.
Na ocasião, ele informou que o Brasil voltará a abrir vagas para médicos
estrangeiros atuarem no país.
"É possível adotar uma
estratégia única de provimento de médicos unificando o Médicos pelo Brasil e o
programa Mais Médicos. Vamos retomar um grande movimento para garantir médicos
em todos os municípios brasileiros", disse Nésio Fernandes no começo desse
ano ao g1.
G1*