Chegada dos médicos Cubanos a Nossa Riacho de Santana

Estamos vivendo um momento de recepção aos dois médicos cubanos que chegarão a nossa cidade. Desde que tomamos conhecimento da chegada dos mesmos, muitos se perguntam sobre a necessidade da vinda desses profissionais, das suas formas de trabalho, do convívio com a comunidade, das melhorias que podem ocorrer, entre tantas outras inquietações. Responder tais questionamentos com precisão ainda não é possível, pois não temos a presença desses profissionais em nosso meio, mas podemos, enquanto comunidade reunida, viabilizar respostas satisfatórias. Mas como? Para iniciar essa possível resposta, usarei a frase que um dos médicos, ao chegar ao Brasil, usou durante uma entrevista ainda no aeroporto de Brasília-DF: “Viemos para ser parceiros dos médicos brasileiros, respeitar e ser respeitados”.

Acredito no poder da troca de experiência entre as pessoas, de ‘agricultores’ a ‘doutores’, e no que esse contato pode surtir de efeitos positivos sobre as nossas vidas. Ao mesmo tempo, partilhar culturas diferentes é construir conhecimentos distintos e igualmente importantes. A vinda dos médicos cubanos a nossa cidade se inclui nesse processo de troca de saberes; trarão um conhecimento da Medicina e partilharão com o nosso saber popular, adquirido individualmente e coletivamente.

Cubanos ou brasileiros?! O importante é que profissionais estarão chegando para, junto aos demais profissionais, viabilizar melhorias da saúde pública de nossa localidade. Não tenhamos receio de buscar atendimento, seguir as prescrições médicas, submetermo-nos às estratégias por eles utilizadas; sua língua nativa poderá nos incomodar, assim como a dificuldade de entender a nossa língua (embora dominem o português) também poderá surgir nos primeiros encontros, porém, é no dia a dia que nos construímos enquanto profissionais e usuários da saúde.


Sendo assim, ao ler a resposta do médico àquela entrevista, façamos com que essa também seja a nossa resposta: “sejamos parceiros dos médicos cubanos, respeitando-os para sermos respeitados em nossas necessidades”. Respeitar seus estilos de vida, suas formas de trabalho, a comunicação dos mesmos, suas inquietações e possíveis dificuldades de adaptação. Lembremos que essa é a oportunidade de recebermos mais profissionais de saúde que lidarão, diariamente, com as enfermidades, as dores e as necessidades em saúde das nossas famílias. 

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