Em segundo
lugar, com 32% dos votos, aparece a moralização administrativa, com combate à
corrupção e punição de corruptos. Um número menor de pessoas acredita que entre
as três opções apresentadas, a prioridade deve ser a estabilização da economia,
com queda definitiva do custo de vida e do desemprego (21%). Do total de
entrevistados, 1% não quis escolher entre as três opções e 2% não souberam
responder.
Apesar de
desejarem que o foco do próximo presidente esteja nas questões sociais, 92% das
pessoas defendem que é importante ou muito importante que o candidato também
defenda o controle dos gastos públicos. O levantamento entrevistou 2 mil
pessoas em 127 municípios sobre qual deve ser a prioridade do próximo
presidente da República e quais características a população busca no candidato.
"É muito
importante que a população tenha consciência da necessidade de se ter o
controle das despesas públicas. É uma das propostas previstas no Mapa
Estratégico da Indústria 2018-2022 por ser fundamental para garantir a
estabilidade e a previsibilidade no ambiente macroeconômico, além da melhoria
do ambiente de negócios", afirma o gerente-executivo de Pesquisa e
Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
PERFIL DO
PRESIDENTE - A maioria dos eleitores concorda que é importante que o
candidato acredite em Deus (79%), mas não necessariamente o candidato precisa
ser da mesma religião que eles - apenas 29% acham muito importante que o
candidato seja da mesma religião. Questionados sobre a classe social do
candidato, 52% concordam que preferem candidatos de família pobre. Quanto menor
a renda familiar dos eleitores, maior o percentual de concordância de que eles
preferem votar em candidatos de família pobre.
Entre as
características pessoais que são consideradas muito importantes no candidato,
87% disseram que a principal é ser honesto e não mentir em campanha. Como
podiam votar em mais de uma opção, aparecem outras com percentuais acima de
80%: nunca ter se envolvido em casos de corrupção (84%) e transmitir confiança
(82%). As características pessoais com menor quantidade de avaliações como
'muito importantes' entre as opções apresentadas foram: ter pouca exposição da
vida pessoal (40%) e ser da sua religião (29%).
Já entre as
características profissionais, a primeira é conhecer os problemas do país
(89%), seguida por ter experiências em assuntos econômicos (77%), por ter boa
formação educacional (74%). As opções menos votadas foram: ter trabalhado no
setor privado (40%) e ser militar (27%).
EXPERIÊNCIA
NA VIDA PÚBLICA - Para 72% dos brasileiros, é importante que o candidato tenha
experiência como prefeito ou governador. E a opção de ter experiência e
trajetória na política de forma geral foi apontada como muito importante por
62%. A maioria dos brasileiros estuda as propostas dos candidatos antes de
decidir o voto (84%), mas 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha.
CANDIDATOS X
PARTIDOS - A grande maioria (72%) concorda que votam nos candidatos que
gostam, independentemente do partido em que estejam. Questionados sobre que
partido têm mais simpatia, menos da metade quis escolher uma opção. Enquanto
48% dos eleitores dizem não ter preferência por nenhum partido, 5% não souberam
ou não quiseram responder.
Somente
quatro partidos tiveram mais de 1% de votos. São eles: PT (19%), MDB (7%), PSDB
(6%) e PSOL (2%). Outros 11 partidos tiveram 1% de votos cada e 3% dos
eleitores escolheram partidos com menos de 1% de citações cada.
Dos
entrevistados, 58% discordam que o seu voto para deputados e senadores serão
para candidatos do mesmo partido do voto para presidente.
CORRUPÇÃO PREOCUPA -
A pesquisa mostra que 44% dos eleitores estão pessimistas em relação às
eleições. Outros 23% não estão otimistas nem pessimistas, 20% estão otimistas e
13% não souberam responder.
O principal
motivo para o pessimismo é a corrupção - apontada por 30% em pergunta com
resposta espontânea. Também foram apresentados como motivos para o pessimismo a
não confiança no governo e nos candidatos (19%). Questionados sobre votar em um
candidato acusado de corrupção, mas que tenham o mesmo alinhamento ideológico
que eles, 79% dos entrevistados discordaram.
Dos 20% da
população que se dizem otimistas, 32% afirmam acreditar na mudança e renovação,
19% têm esperança no voto e na participação popular.
A pesquisa
foi realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017 e possui margem de erro
de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.