Apesar de ter
registrado avanços nos últimos anos, a educação no Brasil ainda apresenta dados
insatisfatórios. É o que mostra o relatório Education at a Glance 2017 (Um
olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado hoje (12) pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O documento
traz amplo panorama sobre a educação em mais de 45 países. - os 35 da OCDE e
vários parceiros (Argentina, Brasil, China, Colômbia, Costa Rica, Índia,
Indonésia, Lituânia, Federação Russa, Arábia Saudita e África do Sul). O
Brasil, inclusive, já pleiteou sua adesão formal à OCDE (veja abaixo).
No cenário da
educação brasileira, alguns dados chamam a atenção. Em 2015, mais da metade dos
adultos, com idade entre 25 e 64 anos, não tinham acesso ao ensino médio e 17%
da população sequer tinham concluído o ensino básico. Os números estão muito
abaixo da média dos países da OCDE, que têm 22% de adultos que não chegaram ao
ensino médio e 2% que não concluíram o básico.
O relatório,
no entanto, mostra um avanço. Entre os adultos de 25 e 34 anos, o percentual de
alunos que completou o ensino médio subiu de 53% em 2010 para 64% em 2015.
Considerando
que o ensino médio brasileiro tem duração de 3 anos e deveria ser cumprido
entre os 15 e os 17 anos de idade, o Brasil também apresenta taxas muito abaixo
da média dos outros países analisados no relatório. Apenas 53% dos alunos de 15
anos estão matriculados no ensino médio. Entre os alunos de 16 anos, 67% estão
matriculados no ensino médio e, entre os de 17 anos, 55%. Na média dos países
da OCDE, pelo menos 90% dos alunos entre 15 e 17 estão no ensino médio.
Dos
adolescentes brasileiros que têm acesso ao ensino médio, só a metade conclui os
estudos em três anos. Se considerados cinco anos de estudo, com duas
reprovações, a taxa sobre para 57%, mas permanece abaixo dos 75% de estudantes
que concluem o ensino médio nos países que têm dados disponíveis.
No Brasil,
entre os jovens de 18 anos, menos da metade cursa o ensino médio ou superior. A
taxa para os países da OCDE é de 75% de alunos de 18 anos, na mesma situação.
Apesar de o
Brasil já ter conseguido colocar praticamente todas as crianças de 5 e 6 anos
na escola, a participação de crianças menores ainda está abaixo do esperado,
segundo o relatório. Apenas 37% das crianças de 2 anos e 60% das de 3 anos
estão na educação pré-escolar, dados inferiores aos das médias da OCDE que
estão em 39% e 78%, respectivamente.
No Brasil, a
Emenda Constitucional 59, de 2009, deu prazo para que até 2016 fosse garantida
a matrícula escolar a todos os brasileiros com idade entre 4 e 17 anos. De
acordo com a pesquisa, em 2015, 79% das crianças de 4 anos estavam na escola,
menos do que 87% da média da OCDE, e abaixo de países como o Chile (86%),
México (89%), a Argentina (81%) e Colômbia (81%).
AgênciaBrasil*
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