O Estado do
Rio Grande do Norte possui projetos para utilizar toda a demanda de oferta de
água da Transposição do rio São Francisco. A informação foi dada pelo
secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh),
Gilberto Jales, na apresentação do workshop “Oportunidades e impactos do
Projeto de Integração do rio São Francisco”, que ocorreu no auditório da
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), na tarde de hoje
(30).
A transposição ocorrerá no Rio Grande do Norte a partir das Bacias do Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró. Entre as obras potencializadas pela transposição estão à adutora do Alto Oeste e a Santa Cruz/Mossoró. Indiretamente todo o Estado ganha com a oferta de água e diretamente toda a população que vive ao longo das bacias beneficiadas. Gilberto Jales lembrou que o Estado tem responsabilidade em viabilizar a transposição. “O desenvolvimento do Estado passa pela sustentabilidade hídrica”, ressaltou.
Há também
previstos projetos de irrigação como o da Chapada do Apodi, Medubim e de áreas
alagadas próximos aos rios. Entre os projetos planejados estão à construção da
barragem de Oiticica em Jucurutu e o Canal do Sal que se propõe o desvio das
águas do Rio Apodi/Mossoró na região salineira. Ainda dentro dos projetos
previstos para a transposição está o abastecimento de água e esgotamento
sanitário em 30 municípios das bacias receptoras da transposição do São
Francisco.
De acordo com o assessor especial do
Ministério da Integração Nacional, José Machado, não há mais volta para o
projeto da transposição. Para ele, os quatro estados a serem beneficiados entre
2014 e 2015 com esta nova oferta de água devem estar preparados para a gestão
desses recursos hídricos. “O Governo Federal tem investido bilhões de reais
para torná-la realidade.” Os Estados beneficiados são Paraíba, Pernambuco,
Ceará e Rio Grande do Norte.
José Luiz Sousa, coordenador substituto
do Conselho Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), apresentou uma série de
informações aos presentes, entre elas que a água será disponibilizada ao RN, a
partir de 2015, com acesso pela cidade paraibana de São José de Piranhas, por
meio do eixo norte do projeto.
Segundo Sousa, os principais atores
nesta empreitada são o próprio Ministério da Integração Nacional, através da
Secretaria de Infraestrutura Hídrica e o Conselho Gestor, além da Agência
Nacional de Águas (ANA) e Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).
No plano estadual, o esforço deve abranger não somente a área de recursos
Hídricos e meio ambiente, mas também planejamento, infraestrutura,
desenvolvimento e companhias de saneamento. Universidades e centros de
pesquisas também devem se engajar nessas discussões.
O workshop
foi destinado aos técnicos do Governo do Estado. Estiveram presentes também o
Secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Sérgio
Duarte de Castro, o diretor da ANA, Paulo Varella e Antônio Felipe Leite
que representou a Secretaria Nacional de Irrigação do Ministério da Integração.
Fonte: Notícias do RN