Contrárias à
reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer, as centrais
sindicais definiram nesta sexta-feira, 24, em reunião na sede da Força Sindical
em São Paulo, uma paralisação geral dos trabalhadores em nível nacional. O
protesto será realizado em 5 de dezembro, uma terça-feira, e foi articulado
pelas principais entidades representantes dos trabalhadores no País, como a
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos
Trabalhadores (UGT), entre outras.
A definição da
data ocorreu a partir de cálculos dos sindicalistas sobre o avanço da reforma
na pauta de votação do Congresso. As entidades avaliam que a Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 287/2016, que propõe alterações nas regras
previdenciárias, deve ir ao plenário da Câmara no dia seguinte à greve, 6 de
dezembro. “[A data] É a ideia que está sendo ventilada. Queremos mostrar no dia
cinco nosso repúdio à reforma”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical,
João Carlos Gonçalves, o Juruna. “Estamos sentindo que a reforma é mais uma
prestação de contas ao mercado financeiro”, disse.
Para a CUT, o
novo texto da reforma apresentado pelo governo é “”inda mais perverso que o
anterior”, já que, diferentemente do que diz a propaganda oficial, as
alterações não acabariam com as “altas aposentadorias dos parlamentares, ataca
apenas a classe trabalhadora”. “A reforma trabalhista legalizou o bico e muitos
trabalhadores perderam os direitos e, em muitos casos, receberão menos do que
um salário mínimo. Se já estava quase impossível contribuir para se aposentar,
imagine com essa nova proposta de reforma da Previdência”, declarou em nota o
presidente da CUT, Vagner Freitas.
A Força
Sindical já tem reuniões marcadas com sindicatos de trabalhadores do transporte
público, disse Juruna. “Queremos que a greve seja feita principalmente nas
capitais. Já estamos falando e marcamos para terça-feira reuniões com
sindicatos do setor de transporte público, que têm grande importância para
mobilizações nas grandes cidades.”
Já a CUT
informou que vai realizar, a partir da semana que vem, assembleias, debates e
outras atividades em suas bases, com o objetivo de “alertar, informar e
mobilizar as classe trabalhadora do País”. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
AgênciaEstado*
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