Apesar de o
Inep ainda não ter sido notificado da decisão
judicial que determinou a suspensão da regra do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) que determina que quem desrespeitar os direitos humanos na prova
de redação pode receber nota zero, a recomendação é que os candidatos sigam as
regras do edital. O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse hoje (1), que a
decisão judicial será respeitada, mas orientou os candidatos a respeitarem os
direitos humanos na redação.
“A questão
dos direitos humanos é básico e fundamental, até porque estamos falando em
educação, e não poderíamos ter uma linha de ação distante dessa realidade. Mas
ao mesmo tempo temos que cumprir a decisão judicial, que leva a possibilidade
de ter zero na prova. Como cautela, eu diria que o melhor é se submeter ao
exame e fazer a redação respeitando os critérios de direitos humanos”,
recomendou o ministro.
A prova de
redação do Enem será aplicada a mais de 6,7 milhões de candidatos neste domingo
(5).
O ministro
disse que o Inep vai recorrer da decisão até a última instância. Segundo ele, o
respeito aos direitos humanos é um pressuposto constitucional elementar que não
conflita com a liberdade de expressão.
Mendonça
Filho garantiu que as linhas de pensamento ideológicos e políticos dos
candidatos serão respeitados durante a correção da prova. “Ao mesmo tempo,
jamais um ente como o MEC ou o Inep, em uma avaliação, pode aceitar teses que
defendam por exemplo o holocausto, apartheid, a segregação racial, a
discriminação do ponto de vista religioso, de raça”, disse.
A presidente
do Inep, Maria Ines Fini, também recomendou que os direitos humanos sejam
levados em conta na hora de escrever a redação. “Como cidadã e educadora, eu
recomendo que os jovens reproduzam o respeito aos direitos humanos não só
na prova, mas também na sua vida”, ressaltou.
Mesmo se a
decisão da Justiça for mantida, o respeito aos direitos humanos deve ser
considerado pelos candidatos que farão a prova. Isso porque uma das cinco
competências avaliadas na correção da redação do Enem prevê a elaboração de uma
proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos
humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial.
Cada
competência cobrada na redação recebe nota que varia de 0 a 200 pontos. A
decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anula apenas o item do edital
que prevê a anulação da prova de alunos que dissertarem contra os direitos
humanos. Nos anos anteriores, provas
foram anuladas por causa dessa exigência.
AgênciaBrasil*
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