Mesmo com mais reclamações, Black Friday fatura 10,3% mais

Os brasileiros reclamaram mais nesta edição de Black Friday comparado aos anos anteriores -ainda assim, compraram mais, mostrou o balanço do evento feito pelo Ebit, consultoria do Buscapé. A data gerou um faturamento de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce em 2017, volume 10,3% maior ao registrado no mesmo período do ano passado. O número de pedidos cresceu 14%, de 3,30 milhões para 3,76 milhões, enquanto o valor médio caiu 3,1% para R$ 562.

"Para atrair o consumidor, os varejistas fizeram ações promocionais mais agressivas nas categorias de maior valor agregado e isso refletiu no gasto médio", afirma Pedro Guasti, CEO da Ebit. As compras feitas por dispositivos móveis foram o grande destaque do ano, não só pelo volume de pedidos, mas pelo valor gasto.

A participação de pedidos feitos via celular aumentou 81,8% na comparação com o ano passado, com a média de gastos de R$ 515. Em apenas quatro anos, a modalidade de consumo saltou seis vezes e já representa 30% de todas as vendas feitas durante a Black Friday. Os itens mais pedidos pelos consumidores foram os eletrodomésticos (18%), seguidos pelos produtos de moda e telefonia (ambos 12%). FALSAS PROMOÇÕES Enquanto muita gente consumia, outras várias registravam reclamações na Black Friday de 2017, ano em que o número de queixas bateu recorde.

A cada hora, cem novas reclamações foram registradas de 18h de sexta (24) até as 18h de sábado (25), de acordo com o Reclame Aqui. A maioria relacionada a propaganda enganosa, problemas para finalizar compras e divergências de valores. Celular e smartphone lideraram a lista dos itens mais reclamados, seguidos de TVs e perfumes. Quase metade de todos os 633 atendimentos feitos pelo Procon-SP na data foram de queixas, a maioria delas relacionadas às grandes varejistas do país. CasasBahia.com, Extra.com e Ponto Frio, do grupo GPA, lideram as reclamações, seguidos do Magazine Luzia e B2W. A Folha de S.Paulo acompanhou desde o mês passado a variação dos preços de 719 itens participantes da Black Friday.


O levantamento mostrou que metade deles custava menos antes da "promoção" -ainda que o número seja menor ao registrado na mesma data do ano passado. Nas redes sociais, segundo apurou a empresa de análise de dados Airfluencers, 268 mil comentários sobre a data foram feitos, sendo que 44,6% deles eram negativos. As marcas mais citadas foram Apple (69%), Samsung (15%) e Sony (9%).

Folhapress*

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