Por hora,
duas pessoas se intoxicam com medicamentos no Brasil devido a problemas como a
automedicação, segundo dados extraídos das estatísticas do SINITOX - Sistema
Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (para acessar, clique aqui). A automedicação é um hábito entre os brasileiros,
praticada com indicação de leigos e, cada vez mais, da internet.
O combate a
esse mau hábito e o incentivo à busca de informações sobre medicamentos em
fontes seguras, como o profissional farmacêutico, são o foco da campanha do
Conselho Federal de Farmácia (CFF) e conselhos regionais pelo Dia do
Farmacêutico, 20 de janeiro.
O Presidente
do Conselho Regional de Farmácia do RN (CRF-RN), Sales de Araújo Guedes,
destaca o papel fundamental do farmacêutico na prevenção dessa prática
perigosa. “O Farmacêutico tem papel estratégico na prevenção desses casos,
devido o fácil acesso da população a este profissional, que pode levar
orientação técnica e correta sobre a utilização racional dos medicamentos”,
lembra o presidente.
A orientação
da campanha promovida pelos conselhos é não usar medicamentos sem orientação
profissional e consultar sempre o farmacêutico. A iniciativa visa, também,
colaborar com a meta da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial
da Saúde (OPAS/OMS) em seu desafio global, de reduzir em 50% os danos graves e
evitáveis provocados pelo mau uso dos medicamentos nos próximos cinco anos.
Segundo a OPAS/OMS, os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os
dias e prejudicam aproximadamente 1,3 milhões de pessoas, anualmente, apenas
nos Estados Unidos. Os números são semelhantes nos países desenvolvidos e em
desenvolvimento, como o Brasil.
Prevenir
erros relacionados ao uso de medicamentos, além de salvar vidas, evita uma
enorme e desnecessária pressão sobre os orçamentos de saúde. Levantamento
recente feito pelo farmacêutico Gabriel Freitas, da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), indica que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta R$ 60
bilhões por ano para tratar consequências negativas do uso de medicamentos no
Brasil (Mais detalhes Aqui). E metade dos casos seriam evitados com uma
supervisão mais cuidadosa e efetiva do uso destes, segundo o pesquisador.
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