s deputados
aprovaram nesta quarta-feira (31) o projeto de lei que insitui previdência
complementar para os servidores públicos que ingressarem na atividade nos
próximos concursos. O projeto faz parte de um pacote enviado à AL pelo Governo
do RN com o intuito de recuperar as finanças do estado. Ao todo, foram oito
projetos aprovados em vinte dias de convocação extraordinária.
De acordo com
o texto do projeto sobre a previdência complementar, as pessoas que ingressarem
no serviço público estadual daqui pra frente terão as aposentadorias limitadas
ao teto do regime geral, que atualmente é de R$ 5.531,31. O servidor que quiser
uma aposentadoria acima deste valor terá que pagar previdência complementar.
Ainda em se
tratando do regime de previdência do Estado, foi aprovada a proposta que que
altera dispositivos da Lei Complementar Estadual nº 308, de 25 de outubro de
2005, que reestrutura o Regime Próprio de Previdência Social do Estado e
reorganiza o Ipern, buscando novo disciplinamento para o recolhimento das
contribuições previdenciárias em favor do órgão gestor previdenciário.
Na área da
Segurança Pública, foi aprovada a matéria que trata sobre o pagamento de diária
operacional no âmbito dos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Segurança
Pública. A medida disciplina a concessão de diárias operacionais a policiais
civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e servidores do ITEP,
submetidos a regime de escala de plantão. A carga horária foi alterada de 8
horas para 6 horas, garantindo benefícios ao servidor.
Dentre as
matérias aprovadas, consta também a que dispõe sobre a concessão de abono
especial, de caráter indenizatório, aos servidores públicos e pensionistas
pagos pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipern). A proposição
busca conceder compensação financeira aos beneficiários em razão do atraso no
pagamento do 13º salário de 2017.
Quinquênio
No início da
votação, os deputados tiraram de pauta a mensagem nº 189 que extinguia
adicionais por tempo de serviços dos servidores, como é o caso dos anuênios e
quinquênios. O governo não tinha maioria para aprovar a matéria. Após costura
de acordo nos bastidores antes da sessão plenária, o deputado Albert Dickson
(Pros) apresentou requerimento para retirada do projeto de votação. O pedido
foi aprovado à unanimidade. “Essa proposta necessita de um debate maior com a
sociedade”, justificou Albert.
Em seguida,
os parlamentares aprovaram por 22 a 1 o projeto de lei que passa para cada
poder (Judiciário e Legislativo) e órgão a responsabilidade pelo pagamento da
parcela patronal da previdência.
Protestos
Do lado de
fora da Assembleia Legislativa o clima foi de tensão durante a manhã.
Manifestantes contrários aos projetos do governo tentavam impedir a entrada dos
deputados na Casa Legislativa. Houve confusão, os manifestantes derrubaram
grades e jogaram ovos nos policiais militares. Apesar disso, os parlamentares
conseguiram entrar na AL para dar início à sessão.
G1RN*
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