Muito se fala da importância da
leitura desde muito cedo. Entretanto, na prática, sabemos que nem toda criança
ou adolescente tem familiaridade com os livros. Mas, será que cabe a leitura
num mundo que vai ficando cada vez mais atraído à dependência de objetos
eletrônicos? E cada vez mais cedo? A professora Doutora da UFRN, Tâmara Abreu,
especialista em Literatura Infanto-juvenil dá um exemplo de como, nem sempre se
dá o devido valor à aquisição de livros: "Numa festinha de aniversário, é
muito raro as crianças receberem livros de presente. Geralmente, ou é brinquedo
ou roupa. Mas o livro deve sim ser encarado como um presente", sugere ela.
Para Tâmara, o primeiro passo é ser
modelo. Crianças e adolescentes que veem os pais lendo, terão naturalmente, o
hábito de ler também. Mas, e quando os pais não conseguem ser leitores
assíduos, sob a justificativa de não terem tempo? O segundo passo, é ler junto
com os pequeninos; e o terceiro é levar as crianças para livrarias e
bibliotecas. "É necessário que os pais encarem o livro como acesso ao
saber. Não só aqueles que estão na moda, ou aqueles de apelo comercial. Existe
excelente literatura infanto-juvenil. Aqui em Natal, a única livraria que eu
encontro autores como Roger Melo - considerado um dos melhores no mundo - é na
Cooperativa Cultural Universitária", elogiou ela.
Segundo a especialista, que trabalha
no campo da Pesquisa e Extensão na formação de professores em Literatura
Infanto-juvenil, é inegável que o livro tem perdido espaço para os objetos
eletrônicos, que acabam tomando muito tempo das crianças e adolescentes.
"Não se trata de trocar o objeto eletrônico, como joguinhos ou celulares,
porque eles já estão na vida das crianças e faz parte da sua relação com o
mundo. Proibir não funciona. Mas se trata de oferecer outras alternativas. O
livro trabalha, no ponto de vista de certas alterações cognitivas, que o objeto
eletrônico não trabalha, e até atrapalha. Quando a criança lê, ela imagina as
cenas, traça relações entre o que lê e as suas experiências, elabora hipóteses
e inferências que são extremamente bem-vindas à inteligência. Os jogos mexem
com outras alterações cognitivas, mas menos enriquecedoras do ponto de vista
emocional".
Para os pais interessados em que seus
filhos, crianças ou adolescentes, tenham e mantenham o hábito de ler, Tâmara dá
outra sugestão: deixar os livros sempre à disposição. Não adianta só colocar
nas prateleiras. "Eles devem estar num espaço de destaque dentro da
casa". Para quem quiser saber de indicações de livros, o site da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil http://www.fnlij.org.br/ oferece
listas dos melhores autores para esse público específico.
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