Não é
segredo para ninguém a grave crise financeira enfrentada pelos municípios do
Rio Grande do Norte.
As
Prefeituras encontram-se em situação caótica, em estado de calamidade pública,
pelo déficit financeiro.
É nos
municípios onde ocorrem as principais demandas.
Ao mesmo
tempo, é o ente federativo que menos recebe verbas na divisão tributária - 15%
dos impostos voltam para as cidades, 25% ficam nos estados, e 60% com a união.
É uma divisão injusta.
As contas
públicas municipais há muito sofrem com as constantes quedas de receita e
ampliações das demandas e responsabilidades.
É preciso
lutar por reforma tributária municipalista já!
Sem isso,
municípios continuarão suscetíveis à falência em momentos de instabilidade
financeira do país – tal qual ocorre atualmente.
O
fortalecimento financeiro é a única saída para estabilizar as cidades. Nós,
prefeitos e prefeitas do Rio Grande do Norte, lutaremos com todas para que seja
feita justiça fiscal.
As
frustrações constantes de receita inviabilizam qualquer gestão. O Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), por exemplo, acumula recorrentes quedas,
acompanhadas do número recorde de prefeituras com fundo zerado: 59 cidades, em
julho, setembro e outubro.
Na educação
e saúde, duas frentes que deveriam ser prioridades, as cidades não têm recursos
sequer para manter o que hoje já existe.
A defasagem
de valores dos convênios – como o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae), onde o Governo Federal repassa apenas R$ 0,50 por merenda de aluno
conveniado e as prefeituras complementam o restante no valor das refeições –
também inviabiliza até mesmo o interesse de investir na educação, pois o gestor
não tem como garantir o complemento no valor da merenda.
Alguns
municípios chegam ao trágico ponto de fechar escolas, por falta de dinheiro
para mantê-las – 13 foram fechadas até junho deste ano. Também faltam recursos
para pagar o magistério e manter o transporte escolar. Na saúde, as farmácias
estão desabastecidas.
É importante
esclarecer: As Prefeituras adotaram todas as medidas necessárias para conter a
crise econômica. Mesmo assim, muitas não conseguem mais sequer honrar o
pagamento do funcionalismo.
Os gestores
já não têm mais onde promover cortes financeiros.
Lamentamos
profundamente este quadro de deterioração econômica do setor público municipal.
Continuaremos lutando para honrar os compromissos, superar a crise e fortalecer
os municípios.
Veja também Na primeira cota deoutubro, 59 municípios do RN têm o FPM zerado
Veja também Na primeira cota deoutubro, 59 municípios do RN têm o FPM zerado
Ivan Lopes Junior – presidente
da FEMURN
Federação dos Municípios do
Rio Grande do Norte – FEMURN
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
FEMURN
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