O presidente em exercício Michel Temer deve se reunir na tarde
desta segunda-feira (16) com representantes de centrais sindicais para discutir
propostas de mudanças na Previdência Social. Foram convidados para o encontro,
marcado para as 15h, centrais como UGT e Força Sindical.
Os ministros da Casa
Civil, Eliseu Padilha, do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Trabalho, Ronaldo
Nogueira, também devem participar da conversa. A equipe econômica montada por
Temer tem dito, desde que o peemedebista tomou posse, na última quinta (12),
que uma das prioridades do governo será fazer uma reforma na Previdência.
Uma
demonstração de que mudanças no setor serão um dos focos do presidente em
exercício foi a incorporação da Secretaria de Previdência ao Ministério da
Fazenda. Antes, a área integrava o Ministério do Trabalho.
Na última sexta (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu que
se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS). De acordo com ele, a medida é fundamental para
garantir o financiamento da Previdência.
"Haverá uma idade mínima de aposentadoria. O que precisa é uma
determinação de governo. Vamos fazer. E apresentar uma proposta factível para
sociedade. Idade mínima com uma regra de transição," afirmou Meirelles.
A proposta foi criticada pelo
deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical.
Em nota divulgada à imprensa, Paulinho disse que "repudia" qualquer
tentativa de reforma na Previdência que retire direitos dos trabalhadores. Para
ele, as propostas do novo titular da Fazenda para a área previdenciária são
"inoportunas".
"A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque
prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria
dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez
mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os
trabalhadores", escreveu Paulinho em um dos trechos da nota.
A
reunião desta segunda de Temer com as centrais é uma tentativa de reduzir a
resistência dos sindicalistas a mudanças na Previdência. O presidente em
exercício deverá apresentar propostas e ouvir sugestões. Segundo auxiliares, a
ideia é demonstrar que as centrais serão ouvidas e participarão do processo.
G1*
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